Existem várias abordagens terapêuticas para promover o desenvolvimento em diversas áreas da vida de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

É importante destacar que o TEA não é uma doença, mas sim uma condição que afeta o neurodesenvolvimento da criança, portanto, não possui cura, apenas tratamento. Conheça alguns desses tratamentos: 

 

1 – Intervenção do fonoaudiólogo: Por meio de terapias específicas, esses profissionais buscam aprimorar habilidades de comunicação, tanto oral quanto escrita, voz, audição e equilíbrio. Essas melhorias são essenciais para superar os obstáculos enfrentados pela criança autista na interação social, o que explica a alta demanda dos pais por esses especialistas. 

 

2 – Intervenção do terapeuta ocupacional: A terapia ocupacional concentra-se na promoção da saúde em pessoas com desafios sensoriais, motores e físicos, empregando métodos e terapias para melhorar habilidades motoras, especialmente quando comprometidas pelo autismo. É crucial iniciar essa terapia precocemente, adaptando-a às necessidades únicas de cada indivíduo, para promover maior autonomia e adaptação no dia a dia. 

 

3 – Terapia comportamental (ABA): A terapia comportamental recebe ampla recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), não apenas para o autismo mas também para outros distúrbios e desenvolvimentos atípicos. Essa abordagem tem se destacado por sua eficácia no tratamento do TEA, graças à sua base em evidências, que favorece o desenvolvimento de habilidades e minimiza os impactos do autismo. A ABA visa compreender os comportamentos benéficos e prejudiciais, suas causas e influências ambientais, para então desenvolver estratégias que promovam o progresso individual. 

 

 

4 – Acompanhamento pedagógico: Com base na Lei Berenice Piana (Lei 12.764/12), que garante o direito à educação para alunos autistas, as escolas são obrigadas a oferecer um acompanhamento pedagógico especializado. Essa medida é crucial para atender às necessidades individuais de cada aluno, já que não existe um padrão único para lidar com o autismo. O acompanhamento permite observar de perto o desempenho de cada criança e aplicar estratégias personalizadas para seu desenvolvimento. 

 

5 – Fisioterapia ou atividade física: A coordenação motora, tanto fina quanto grossa, é fundamental para que as crianças realizem uma série de atividades diárias, como se movimentar, brincar, escrever, desenhar, manipular objetos e cuidar da higiene pessoal. Por isso, a presença de profissionais de fisioterapia e educação física é indispensável no tratamento de pessoas com TEA. No entanto, é imprescindível que esses profissionais estejam capacitados e familiarizados com o autismo, a fim de implementar as melhores estratégias para cada indivíduo. 

Antes de discutir terapias para crianças autistas, é fundamental destacar a relevância de um diagnóstico precoce. Isso permite intervenções durante uma fase em que a criança tem maior plasticidade neural, tornando a atuação profissional mais eficaz e reduzindo potenciais dificuldades futuras. 

 

Fonte: institutoneurosaber.com.br