Precisamos estar de olhos bem abertos com nossas crianças. A violência contra crianças no Brasil atinge milhares delas e está muito mais próxima do que se pensa. No primeiro semestre de 2022 foram registradas 122.823 violações contra crianças de até 6 anos. As consequências emocionais da violência em crianças podem acompanhar toda a vida adulta, tanto na saúde mental quanto física, e até mesmo como futuro pai ou mãe.  

O estudo “Prevenção da Violência contra a Criança”, lançado pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), revelou que 84% da violência contra crianças no Brasil é cometida por familiares. Outros dados retirados do Disque 100, que foram a base do estudo, mostraram que, no primeiro semestre de 2022, a maioria dos agressores são maus-tratos (15.127 casos), insubsistência afetiva (13.980 casos), exposição ao risco de saúde (12.636 casos) e tortura psíquica (11.351casos), sendo praticados por mães (57%), pais (18%), padrasto/madrasta (5%) e avós/avôs (4%). 

Mas como proteger as crianças da violência? Além do olhar atento da escola e dos responsáveis, a fim de identificar mudanças de comportamento na criança e marcas de maus-tratos, é necessário manter o diálogo aberto para que a criança se sinta confortável para contar o que acontece. É necessário, ainda, que o Estado crie medidas públicas de conscientização e fiscalização, a fim de reduzir esses números.  

 

Fonte: Revista Crescer