O medo é uma emoção natural e necessária para a sobrevivência e a proteção das pessoas. As crianças, assim como os adultos, sentem medo de diferentes situações e estímulos ao longo do seu desenvolvimento. Existem muitas causas para o medo na infância, como a família, as notícias, o aprendizado, o hábito ou os traumas.
Segundo a psicanálise, dos 3 aos 5 anos elas vivem a etapa natural dos medos. O medo de trovão, de escuro, de “monstros” ou de dormir só são normais e tendem a diminuir conforme a criança se desenvolve e se fortalece emocionalmente. Mas os pais têm um papel essencial para ajudar neste processo.
Cada criança tem medos diferentes e que podem ter relação com vivências próprias. Por exemplo, uma criança que se machuca de bicicleta e vai para o hospital, pode ficar com medo de hospital, de bicicletas ou até de algo menor ligado ao trauma – como jalecos ou estetoscópios. Mas há alguns medos que são típicos de cada idade. Veja quais são a seguir.
0 a 6 meses: O medo está ligado a barulhos altos ou falta de segurança.
7 a 12 meses: A criança pode ficar com medo de pessoas desconhecidas. O medo de altura também aparece.
1 ano: O medo de se separar dos pais surge quando ela se afasta deles. Ela também pode ter medo de se ferir.
2 anos: A criança tem medo de sons fortes, como aspirador, sirene, trovão; o medo de ficar longe dos pais persiste; ela tem medo de crianças e situações novas, como entrar em um lugar escuro (como cinema ou teatro).
3 anos: O medo do escuro surge; o medo de se separar dos pais continua; ela fica com medo de máscaras ou rostos escondidos (palhaço, pessoas fantasiadas).
4 anos: A criança pode ter medo de bichos e de barulhos à noite.
5 anos: Os medos de “pessoas más” (ladrão, “Homem do Saco”) surgem.
6 anos: É a fase dos medos fantásticos: fantasma, bruxa, Bicho Papão. Também podem aparecer o medo de dormir sozinho e o medo da morte.
Conversar sobre os medos, validar suas preocupações e incentivar a expressão emocional ajuda as crianças a desenvolverem habilidades de enfrentamento saudáveis. Ao criar um ambiente acolhedor e encorajador, podemos ajudar as crianças a superarem seus medos e construírem confiança em si mesmas.
Fonte: hemocord.com.br