Desfraldar é um marco importante no desenvolvimento das crianças, mas pode representar um desafio ainda maior para aquelas que têm Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em crianças com TEA, esse processo demanda uma abordagem cuidadosa e adaptada. Algumas coisas podem surgir devido às dificuldades relacionadas à comunicação, questões sensoriais, adaptação a situações novas e seguimento de instruções. Além disso, podem ser observados traços de rigidez cognitiva, déficits na compreensão social, aprendizado sequencial, entre outros aspectos.
Vamos explorar estratégias eficazes para auxiliar pais e cuidadores no processo de desfralde de crianças com TEA:
- Trabalhe o medo: É essencial que a criança se sinta confortável ao usar o penico ou vaso sanitário. Se ela demonstrar medo, uma estratégia útil é sentar-se no vaso sanitário com ela no colo, inicialmente com roupa, e gradualmente ir retirando as peças até que se sinta à vontade para sentar-se sem roupa.
- Forneça pistas visuais claras: Um quadro de rotinas é uma ferramenta valiosa, pois usar imagens para narrar a sequência de eventos, como: acordar, trocar de roupa, usar o banheiro, fazer xixi ou cocô, se limpar e se vestir novamente, deixando os pais felizes pode passar a informação para a criança de que ir ao banheiro é algo bom e positivo. Além disso, as histórias sociais são úteis, como mostrar a criança segurando a barriga, indo ao banheiro e se sentindo melhor depois. Para crianças não verbais, ensinar a entregar uma figura que represente ir ao banheiro pode ser uma estratégia eficaz.
- Torne o banheiro mais atrativo: Personalize-o com elementos que a criança goste, como adesivos coloridos ou objetos temáticos. Leve-a ao banheiro a cada 20 a 30 minutos para aumentar as chances de fazer xixi ou cocô no local.
- Celebre as conquistas: Demonstre alegria e entusiasmo quando sua criança conseguir usar o vaso sanitário ou penico. Elogie, bata palmas, faça uma dança da vitória ou invente uma brincadeira especial para comemorar. Essa celebração ajuda a reforçar o comportamento positivo e motiva a repetição da ação.
Desfraldar pode representar um desafio diferente para cada criança, especialmente para aquelas com Transtorno do Espectro Autista. No entanto, com orientações adequadas, expectativas realistas, respeito, muita paciência e persistência, é possível conduzir o desfralde de maneira positiva e eficaz.
Fonte: dradeborahkerches.com.br