Anafilaxia é a situação em que o corpo reage rápida e agressivamente a algum item ao qual é alérgico, podendo ser fatal. O estudo inédito feito pela Universidade Federal de São Paulo, em parceria com o Instituto Pensi – Hospital Infantil Sabará (SP), avaliou a incidência e os fatores desencadeantes dessa condição.
Primeiro, é importante entender a diferença entre anafilaxia e choque anafilático. A anafilaxia se caracteriza por uma reação alérgica sistêmica, severa e potencialmente fatal do organismo a um determinado alérgeno. Já o choque anafilático é o grau extremo da anafilaxia, com queda da pressão e danos ao sistema cardiovascular.
No estudo, com base nos prontuários do pronto-socorro do hospital em 2017 e 2018, ficou claro que os alimentos são as causas mais comuns da anafilaxia, mas há grande ocorrência de subdiagnóstico. Até o ano passado, a anafilaxia não fazia parte da Classificação Internacional de Doenças (CID). No estudo, para identificar a condição, os pesquisadores cruzaram sintomas. Se a criança apresentou urticária e broncoespasmo, por exemplo, o caso foi considerado suspeito de anafilaxia por envolver dois sistemas do organismo.
O que fica de alerta para as famílias é que, em suspeita de anafilaxia, não dá para esperar a ambulância chegar, é preciso correr para o pronto-socorro. Os primeiros sintomas podem surgir em até duas horas, e uma nova leva depois de quatro a seis horas. Por isso, a criança tem que permanecer em observação no hospital após a crise para impedir um efeito rebote. Embora não seja frequente, a anafilaxia é potencialmente fatal, mas pode ser revertida com atendimento adequado e rápido.
Fonte: Revista Crescer