O desfralde é um marco do desenvolvimento, pois mostra que a criança tem certa independência, autonomia e consciência corporal. Os especialistas recomendam que as crianças não sejam desfraldadas muito antes dos 2 anos, para que não haja frustração dos pais e acidentes inesperados.
Algumas dicas para este momento são:
– Quando tirar as fraldas
Só a partir do segundo ano de vida o bebê sai da fase oral e entra na anal, em que se dá conta de que produz xixi e cocô. Em geral, por volta dos 2 anos e meio, ele emite sinais claros disso.
– O que observar
Repare se a criança se queixa quando está com a fralda suja e se avisa que vai fazer necessidades. Algumas se escondem em um canto da casa e se abaixam quando querem fazer cocô, mostrando que têm consciência de suas eliminações e estão prontas para começar o desfralde.
– Como tirar a fralda
Faça o desfralde diurno primeiro, de preferência em uma época sem mudanças na vida da criança e em uma estação quente. Ensine a criança a avisar se quiser ir ao banheiro e utilize um penico ou redutor de assento com apoio para os pés (isso favorece a prensa abdominal, posição que estimula a evacuação). Não brigue quando houver vazamentos e comemore quando der certo.
– O tempo de desfralde varia
Leva poucos dias para uma criança ou mais de um mês para outra. Quando perceber que o processo está estabilizado e seu filho já controla bem o xixi e o cocô durante o dia, parta para o desfralde noturno. À noite o desfralde pode demorar mais. Pergunte se o pequeno quer ir ao banheiro antes de dormir, diminua a ingestão de líquidos à noite e acorde durante a noite para levá-lo ao banheiro.
– Quando pedir ajuda
A fralda diurna não costuma representar problemas para os pais, mas a noturna é mais desafiadora: pode levar de seis meses a dois anos para que seu filho adquira o controle. O caso só preocupa os médicos quando a criança tem mais de 5 anos e ainda faz xixi na cama diariamente ou mais de uma vez por noite, o que pode ser caracterizado como enurese noturna, que requer avaliação médica para ser diagnosticada e tratada.
Fonte: Revista Crescer